segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Contabilidade Ambiental Parte lll

Passivo Ambiental

O Passivo Ambiental representa toda e qualquer obrigação de curto e longo prazo, adquiridas quando da execução da atividade produtiva e administrativa, através da aquisição de ativos ou do processo de obtenção de receita, onde esta gerou ou gera uma agressão contra o meio ambiente e que consiste no valor de investimentos necessários para reabilitá-lo.

Segundo (PAIVA. 2003, p. 35-36), os passivos ambientais normais podem-se entender os decorrentes do processo produtivo, onde há emissão de resíduos sólidos, líquidos e gasosos, com possibilidade de controle, prevenção e, em alguns casos, de reaproveitamento. Já os passivos ambientais anormais são decorrentes de situações não passíveis de controle pela empresa e fora do contexto das operações, como exemplo, um acidente com um reservatório de material tóxico ou altamente poluente provocado pela força da natureza terremoto, furacão ou outros eventos aleatórios.
É de grande importância dizer que o controle e reversão dos impactos das atividades econômicas no meio ambiente são a essência do passivo ambiental.

Despesas e Custos Ambientais

Custo ambiental compreende o gasto referente ao gerenciamento de uma maneira responsável, dos impactos da atividade empresarial no meio ambiente, assim como qualquer custo incorrido para atender os objetivos e exigências ambientais dos órgãos reguladores.
É prudente ressaltar, que os custos ambientais podem ser classificados em custos internos (privados) e custos externos (sociais). Custos internos são os tracionais contabilizados ao longo do processo produtivo, já os externos são os gerados pelo impacto da atividade no meio ambiente e na sociedade.

Receita Ambiental

De acordo com (IUDÍCIBUS & MARION, 2000, p.173) a receita pode ser definida como o acréscimo de benefícios econômicos durante o período contábil na forma de entrada de ativos ou decréscimo de exigibilidade e que redunda num acréscimo do patrimônio líquido, outro que não o relacionado a ajustes de capital.

As receitas ambientais decorrem de prestação de serviços especializados em gestão ambiental. De acordo com (TINOCO; KRAEMER, 2004, p. 190) Empresas que investem em meio ambiente provocam melhorias em seu desempenho econômico, financeiro, ambiental e social, incentivando o incremento da produtividade dos recursos utilizados em seu processo produtivo.


No próximo eu ultimo post sobre Contabilidade Ambiental faremos a conclusão do tema abordado.

2 comentários:

  1. O custo ou despesa de uma empresa para reduzir o impacto ambiental pode, de certa forma, interferir no preço final do produto desta empresa? e até que ponto essa empresa estaria disposta a "gastar" para obter selos de qualidade em detrimento de um produto de preços elevados?

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  2. Contabilmente há uma diferença entre custos e despesas, o custo compõe o preço final já que essa esta diretamente ligada ao produto, já as despesas são absolvidas pelas empresas, porém em processo de precificação muitas compõe as despesas na margem de lucro a ser feito, com isto podemos dizer que tanto os custos quanto as despesas compões sim o preço final.

    Com relação a gastos para obter selos de qualidade, estes geralmente não são os custos e despesas mais elevadas nas empresas. Estas geralmente elaboram um estudo de viabilidade e retorno perante uma boa visibilidade diante a mídia e consumidores e na grande maioria os gastos com estes selos se tornam viável, pois o retorno se dá com um aumento de vendas sem ter a necessidade de alocar este gasto no preço final do produto.
    Entre tudo os maiores custos e despesas com minimização de impacto ambiental estão em obrigatoriedades impostas por legislação especifica pelos órgãos reguladores, e disto as empresas não tem como escapar, já que se não atenderem as exigências podem sofrer sanções e penalizações.

    A legislação na esfera ambiental é até boa, porém em minha opinião falta ainda uma penalização mais rigorosa para empresas que descumprem as normas e exigências, além de que falta uma fiscalização mais efetiva.

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