terça-feira, 19 de março de 2013

Sustentabilidade: "A menina dos olhos da nova economia"

Por Vanessa Mendes Aragão, www.revistasustentabilidade.com.br


Estamos em um mundo cuja geração de energia elétrica está baseada em fontes fósseis, e a energia renovável surge como uma expectativa bastante positiva da nova economia.
Nosso país possui significante notoriedade internacional por ser considerado um dos países geradores de energia elétrica mais limpa do mundo, cerca de 80% da matriz energética provém de fontes renováveis, o Brasil também tem uma ampla diversificação de sua matriz, como, hidrelétricas, termoelétricas, termonucleares e eólicas, condição bem favorável quando comparada ao resto do mundo.
Contudo, a geração de energia provoca impactos significantes no ambiente e no clima do planeta, por exemplo, a perda de biodiversidade com as áreas inundadas e a aceleração do processo de aquecimento global, pois na maioria das vezes a geração de energia libera gases que aquecem a atmosfera.
O Brasil precisa de energia para crescer e movimentar sua economia, dessa maneira o desenvolvimento econômico é um dos vetores fundamentais do aumento no consumo de energia. E um grande desafio da sustentabilidade é poder conciliar a geração de energia com a preservação ambiental, balanceando desenvolvimento socioeconômico e segurança do meio ambiente.
O Instituto Ethos, define a Responsabilidade Social Empresarial como a forma de gestão que se determina pela relação ética e transparente da empresa com seus usuários externos e pelo estabelecimento de metas empresariais que impulsionem o desenvolvimento sustentável da sociedade.
Muitos empresários tratam a sustentabilidade como fator de diferenciação e competitividade, nos últimos anos, o termo “Responsabilidade Social Empresarial” esteve em bastante evidência perante a sociedade civil e aos meios de comunicação. E com isso, as empresas instaladas no país buscam fortalecer cada vez mais suas estratégias, investindo em projetos sustentáveis e economicamente viáveis, adquirindo energia de fontes renováveis, com foco nas práticas socioambientais.
As entidades adotam práticas sustentáveis com o interesse em atrair investidores que possuem essa preocupação, para eles, companhias que investem em práticas socioambientais geram valor de mercado no longo prazo, possuem melhores desempenhos e menores riscos, uma vez que empresas sustentáveis, supostamente, estão mais preparadas para enfrentar riscos econômicos, sociais e ambientais.
Diversas pesquisas e estudos trazem evidências claras que apontam uma importante evolução na estratégia de sustentabilidade das empresas, todavia, ainda temos que avançar. Segundo uma pesquisa da Revista Guia Exame (2012), com organizações de diversos segmentos, quase 85% das empresas analisadas afirmaram que estão formalmente comprometidas com o desenvolvimento sustentável por meio de sua alta administração, entretanto, quando questionadas se colocam suas metas e objetivos em um documento público, apenas 59% respondem positivamente.
Para que uma companhia seja sustentável, ela deve conseguir combinar o desenvolvimento socioeconômico com a utilização de recursos naturais, sem que afete o meio ambiente com a exploração descontrolada dos recursos naturais e satisfaça as necessidades da população, não comprometendo os recursos para as futuras gerações.
Trata-se de um desafio complexo, porém as empresas de diversos segmentos, entre eles, do setor energético, mostram-se dispostas em desenvolver e investir em soluções cujo objetivo é a preservação do meio ambiente.