Estamos em um mundo cuja geração de energia elétrica
está baseada em fontes fósseis, e a energia renovável surge como uma
expectativa bastante positiva da nova economia.
Nosso país possui significante notoriedade
internacional por ser considerado um dos países geradores de energia elétrica
mais limpa do mundo, cerca de 80% da matriz energética provém de fontes
renováveis, o Brasil também tem uma ampla diversificação de sua matriz, como,
hidrelétricas, termoelétricas, termonucleares e eólicas, condição bem favorável
quando comparada ao resto do mundo.
Contudo, a geração de energia provoca impactos
significantes no ambiente e no clima do planeta, por exemplo, a perda de biodiversidade
com as áreas inundadas e a aceleração do processo de aquecimento global, pois
na maioria das vezes a geração de energia libera gases que aquecem a atmosfera.
O Brasil precisa de energia para crescer e movimentar
sua economia, dessa maneira o desenvolvimento econômico é um dos vetores
fundamentais do aumento no consumo de energia. E um grande desafio da
sustentabilidade é poder conciliar a geração de energia com a preservação
ambiental, balanceando desenvolvimento socioeconômico e segurança do meio
ambiente.
O Instituto Ethos, define a Responsabilidade Social
Empresarial como a forma de gestão que se determina pela relação ética e
transparente da empresa com seus usuários externos e pelo estabelecimento de
metas empresariais que impulsionem o desenvolvimento sustentável da sociedade.
Muitos empresários tratam a sustentabilidade como
fator de diferenciação e competitividade, nos últimos anos, o termo
“Responsabilidade Social Empresarial” esteve em bastante evidência perante a
sociedade civil e aos meios de comunicação. E com isso, as empresas instaladas
no país buscam fortalecer cada vez mais suas estratégias, investindo em
projetos sustentáveis e economicamente viáveis, adquirindo energia de fontes
renováveis, com foco nas práticas socioambientais.
As entidades adotam práticas sustentáveis com o
interesse em atrair investidores que possuem essa preocupação, para eles,
companhias que investem em práticas socioambientais geram valor de mercado no
longo prazo, possuem melhores desempenhos e menores riscos, uma vez que
empresas sustentáveis, supostamente, estão mais preparadas para enfrentar
riscos econômicos, sociais e ambientais.
Diversas pesquisas e estudos trazem evidências claras
que apontam uma importante evolução na estratégia de sustentabilidade das
empresas, todavia, ainda temos que avançar. Segundo uma pesquisa da Revista
Guia Exame (2012), com organizações de diversos segmentos, quase 85% das
empresas analisadas afirmaram que estão formalmente comprometidas com o
desenvolvimento sustentável por meio de sua alta administração, entretanto,
quando questionadas se colocam suas metas e objetivos em um documento público,
apenas 59% respondem positivamente.
Para que uma companhia seja sustentável, ela deve
conseguir combinar o desenvolvimento socioeconômico com a utilização de
recursos naturais, sem que afete o meio ambiente com a exploração descontrolada
dos recursos naturais e satisfaça as necessidades da população, não
comprometendo os recursos para as futuras gerações.
Trata-se de um desafio complexo, porém as empresas de
diversos segmentos, entre eles, do setor energético, mostram-se dispostas em
desenvolver e investir em soluções cujo objetivo é a preservação do meio
ambiente.